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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

OPERAÇÃO JEITINHO: LADRÃO QUE APOIAR LADRÃO TERÁ GRANDE VOTAÇÃO

Sim, sim senhores, ladrão que apoiar ladrão terá grande votação, sim! Claro que sim! Já é de longa data que até o goianiense mais inocente, sabe que a Câmara Legislativa Municipal, isso para não mencionar a estadual, virou um puleiro de aves de rapina. Mas, o desdém do cidadão honesto foi ao ponto máximo de ontem, 20/02, para hoje 21/02. A libertação do vereador Paulo Borges, que todos nós sabemos será inocentado, foi aplaudida e chegou o arroubo de alguns ao ponto de o defenderem no púlpito, lugar de onde riem da cara do povo, suas vítimas - que, contudo, não são inocentes - defendido e "magoado" Paulo Borges é o mártir da casa de ali babá.

A propósito, importa dizer, a despeito do título dessa postagem, que ladrão que apoiar ladrão terá grande votação porque simplesmente o problema não é a câmara ou o político bandido, o problema do Brasil é o povo brasileiro. O povo brasileiro, me perdoe a minoria, é um povo corrupto. A nossa cultura é a cultura da corrupção. 

O Brasil do jetinho é também o país onde a média da população tem aversão à honestidade. Assim, pela lógica do brasileiro comum, "otário" é o político que não rouba. Nós premiamos os corruptos com maciças votações porque não nos parece relevante o fato de atribuirmos votos, a crédito de confiança para que tomem decisões importantes remunerados para tal, a pessoas sabidamente desonestas.

A operação jeitinho que levou Paulo Borges à cadeia não é emblemática porque há uma cotidanidade de fatos semelhantes.Na verdade, o que se vê pelos discursos dos pares do vereador Paulo Borges é uma manifesta indignação com a estranheza da parte do Ministério Público ao jetinho. Do alto da revolta coletiva, questionam os vereadores, será que o MP nunca leu Roberto DaMatta? Será que ele não sabe que o jeitinho brasileiro é o jeito sujo, personalista e corrupto de se conduzir os assuntos e bens públicos?

A Operação Jeitinho foi deflagrada em 11 de janeiro deste ano pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para averiguar a suposta formação de quadrilha por servidores da Amma que cobravam propina para a liberação de licenciamentos ambientais e embargos irregulares de empreendimentos.  No mês passado, foram expedidos mandados de prisão e de condução coercitiva a três servidores e a um empresário da capital.
Sabia-se desde então que um vereador estava envolvido nas operações irregulares da Amma, mas ainda não havia provas suficientes contra nenhum deles. No entanto, depoimentos, provas em vídeo e extratos bancários levaram o MP-GO a requerer – e a10ª Vara Criminal da comarca de Goiânia a expedir – o pedido de prisão contra Paulo Borges, acusado de exigir e receber propina para que licenças ambientais fossem expedidas.

Já Peixoto foi chamado para depor para esclarecer uma conversa que teve com Airton pedindo agilidade no licenciamento de um posto de combustível de sua propriedade. “Eu tinha que reformar o posto e precisava de uma licença. Pedi agilidade, só isso. Não há nada de propina”, disse o vereador durante entrevista coletiva.

Solto, Paulo Borges mostrou-se indignado. Mas não mais indignado que seus colegas, que certamente já lhe pediram muitos "favores". Será porque a Câmara cuida em defender o seu “honroso” membro? 

Loucura mesmo essa atitude do Ministério Público de querer acabar com o jeitinho brasileiro logo em Goiânia,  a parte mais caipira do Brasil. Acho que esse promotor deveria levar uma repreensão do Marconi Perillo ou então do amigo do governador, o Carlos Cachoeira, cuja bronca teria até um peso maior já que manda mais que o Perillo.



Por fim, penso até que inocentar sem investigação, como fizeram os vereadores honestos de Goiânia  foi até uma atitude razoável. Sim, já que vão inocentar, porque não podem condenar por serem todos iguais, pra que montar CPI? A Câmara estadual deve seguir essa atitude e deixar de roubar nosso dinheiro montando CPI que, sem qualquer poder efetivo, só vai até onde o Marconi, ,ou seu preposto, Cachoeira, permitem.