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sábado, 5 de novembro de 2016

MORO CANDIDATO À PRESIDÊNCIA É FACTOIDE: A PAIXÃO DE NARCISO É POR SI MESMO.

Reinaldo Azevedo, colunista da Folha de São Paulo, e também um dos maiores fascistas da imprensa brasileira, publicou, sob o título Militância fora do tribunal indica que Moro está, sim, candidato a algo, um texto no qual avalia que o juiz Sérgio Moro já não satisfaz-se apenas com a capa do Batman, o herói de brinquedo deseja mais. Nessa acepção, na ânsia por poder, e pelo reflexo espelhado, de salvador da pátria, o juiz desejaria ser presidente do Brasil. Minha interação com um fascista com espaço na grande imprensa é para discordar. Moro não será candidato nada.

Moro, embora tão afeito a afagos que estrebuche com as discordâncias – como no caso da publicação, também na Folha, do colunista Rogério Cezar de Cerqueira Leite – sabe que existe um número significativo de brasileiros que desconfia do seu justiçamento.

Aliás, houve, nos tempos do mensalão, a mesma especulação sobre a candidatura do então presidente do STF Joaquim Barbosa. E o que aconteceu em seguida? Joaquim Barbosa, silenciosamente, saiu da vida pública.

O que percebo, com muita clareza, é o esforço de um dos jornalistas mais engajados no golpe de reforço da tese de que o Temer não serve. Assim, a candidatura de Moro seria o futuro em face da negação do presente. O presente, que em si já se apresenta como passado, nessa perspectiva, carece do futuro, jovem e justiceiro. A intenção, na verdade, não é promover uma campanha pró Moro. A intenção é negar o governo Temer.

A perspicácia está na negação do Temer em função não do Moro, mas do ambiente que se tem criado para a ascensão do PSDB, inclusive com a possibilidade de retorno de outro velho, FHC, que nesse caso retomaria um futuro que foi interrompido. A construção de uma ordem econômica progressista-liberal teria sido interrompida por uma política social-irresponsável, razão porque, num ambiente de crise, não econômica mas de rumos para a nacionalidade, a retomada dessa política significaria o futuro e não o passado. 

Como se vê, os golpistas não tiram folga.

O gozo de Sérgio Moro ainda é a ideia de herói nacional. Sua paixão, uma câmara e seu rosto nos jornais.
E o Moro, fantoche, pela própria vaidade que lhe é característica, tem sido o instrumento útil para todas essas articulações. Até quando não está ocupado com a pirotecnia que envolve as prisões petistas, Moro é útil. Moro é o fantoche útil na produção do caos em nome da ordem.

Nesse sentido, não resta dúvida de que Moro não é candidato a nada. Ninguém, da elite política, quer Moro candidato. O próprio Moro não tem esse desejo. Sério Moro sabe que não sobreviveria a um dia de campanha. 

A sua vaidade é superior à ânsia por poder. E a vaidade é óbice a qualquer sedução eleitoreira. Certamente não irá desejar o justiceiro que o mito de herói seja destruído por uma devassa em sua vida pública e privada. Isso revelaria que o herói é homem e, pior, brasileiro. A consequência desse reconhecimento seria o fim do mito de herói nacional. A brasilidade -infelizmente não dá pra discutir os sentidos disso aqui - bastaria para pôr fim ao mito que tanto lhe apraz. A brasilidade é incompatível com qualquer heroísmo.

A paixão de Narciso não é por um trono. Narciso é cheio apenas de si mesmo.