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sábado, 10 de março de 2012

MPG: MOBILIZAÇÃO DOS PROFESSORES DE GOIÁS E A SUPERAÇÃO DO SINTREGO (O SINDICATO QUE SE ENTREGA).

O sindicato sem credibilidade
Como o SINTEGO (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás) se mostra cada vez mais indigno de confiança, politiqueiro e sem a devida moral para conduzir a luta dos professores goianos (por isso lhe cabe muito bem a alcunha de SINTREGO), se fortaleceu o anseio por superação do Sindicato. Desse sentimento de abandono e da desconfiança nasceu o MPG (Mobilização dos Professores de Goiás), movimento que, se não substitui legalmente o Sindicato, pelo menos pode fortalecer a classe por apresentar-se como alternativa.

A questão que se coloca no momento é sobre as possibilidades de superação do controle sindical sobre a categoria. Será que os professores, frente à constatação do controle sindical, conseguirão se organizar e se tornarão uma força de relevo no interior deste processo? Será que conseguirão superar os interesses meramente corporativos e pautarem a luta para além de si mesmos? São questões que muitos colegas goianos estão levantando.

Em Goiás, uma luta autônoma frente a um sindicato que não
tem crédito.
Desde 23 de dezembro de 2011 um grupo de professores e alguns apoiadores fundaram um movimento conhecido como “Mobilização dos professores de Goiás” (MPG). O próprio site do movimento esclarece quais são seus objetivos: “Garantia do cumprimento do piso nacional em Goiás e municípios goianos sem a destruição do Plano de Carreira”.

Este grupo também se define como apartidário, anti-eleitoreiro, autônomo e independente do Sintego (Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás). Com esta definição, o grupo cresceu e conseguiu um forte apoio da sociedade e dos professores, que não mais acreditavam que o sindicato os representava. Foram os membros deste coletivo e seus apoiadores que criticaram a forma como a assembléia foi conduzida quando da deliberação da greve. Questionaram o monopólio das falas, a tentativa do Sintego em controlar e manipular a situação a seu favor e a forma de luta que era proposta por eles. Com isto, conseguiram a mobilização e adesão à greve de diversas escolas que não permitiam a aproximação do Sintego e seus representantes.

Este foi o principal motor, a nosso ver, da expansão da greve durante a primeira semana. Cerca de 80% das escolas da rede estadual em Goiás estão com suas atividades paralisadas e as manifestações espontâneas são cada vez mais frequentes, com grande apoio dos estudantes. Contudo, o crescimento do grupo de mobilização e seus apoiadores levou o Sintego a mudar sua estratégia de ação. Se no início da formação do coletivo eles não aceitaram este movimento independente, agora, com a atual situação, procuram uma aproximação.

Mas existe uma situação legal. O Sintego é o ente representativo, legal, dos profissionais da educação. A greve sem o Sintego não é greve, é abandono de serviço.

O Sintego, por sua vez, tem tentado a todo custo acabar com a greve porque sabe que o governador Marconi Perillo, que não dá a mínima para professores da rede pública, não liga para o movimento. Então, mesmo antes do início da greve, à qual o Sintego foi levado à reboque, o Sindicato já sabia se tratar de uma causa perdida. Mas as forças conspiraram contra o Sindicato, e o MPG foi uma destas forças conspiratórias.

Isso me leva a concluir que o grande adversário, hoje, dos trabalhadores não são os patrões, estes são aliados, posto que nos dão emprego; nosso adversário, de verdade, chama-se SINDICATO, não importa a sigla.